sábado, 27 de junho de 2015

Call the Midwife - Um seriado sobre amor, fé, amizade e solidariedade

Recentemente comecei a assistir a um seriado muito bonito através do netflix chamado "Call the Midwife" que traduzindo seria "Chame a Parteira".
O seriado se passa em Poplar, um vilarejo ao leste da Londres de 1950, e é transmitido pela tv britânica, produzido pela BBC. É baseado no best seller de mesmo nome, sobre as memórias da enfermeira parteira Jennifer Worth e estreou em 2012.

As "parteiras" do seriado Call the Midwife.

"A trama é ambientada nos anos 1950 e segue a trajetória de Jenny Lee (Jessica Raine), uma enfermeira de 22 anos que atua como parteira junto com um grupo de freiras no East End de Londres. O programa constrói um painel de uma região de baixa renda da cidade e retrata a falta de recursos que domina a vida de sua população. Mistura isso a pequenas intrigas da vida privada. É uma composição bem dosada que torna o resultado muito saboroso." (fonte: http://kogut.oglobo.globo.com/noticias-da-tv/critica/noticia/2014/05/call-midwife-serie-inglesa-e-garantia-de-bom-entretenimento.html)
Para mim, este é um dos seriados mais belos que já asisti, pois retrata o excepcional trabalho que era realizado pela parteiras e freiras em uma época onde os recursos médicos eram pouquíssimos e as inovações se espalhavam muito devagar, além de serem vistas com temor pela maioria das pessoas. Em meio a uma comunidade muito pobre, onde as mulheres engravidavam sem nenhum planejamento, as enfermeiras do Lar Nonato faziam toda a diferença estando presentes em suas vidas, acompanhando cada momento até o pós-parto. Mais do que a obstetrícia era exercido um trabalho social onde se preocupava com todo o contexto da mãe e sua família, enaltecendo seu valor em uma sociedade machista e altamente tradicional.

Cena que mostra a personagem Jenny em um de seus atendimentos de parto domiciliar.


Podemos ver como muitas coisas que hoje nos são simples, naquela época eram de muito difícil acesso para aquelas pessoas, como por exemplo, métodos contra conceptivos. Há um episódio muito interessante onde uma mãe de oito filhos, ao descobrir que está gravida do nono, se vê desesperada por abortá-lo tendo em vista sua condição de pobreza. Seu marido a apoia pois não possui trabalho que lhe renda o suficiente para escolher outra alternativa. Em meio a isso ela acaba recorrendo à métodos clandestinos para abortar o que lhe acarreta sérios problemas.
Além disso, são abordados assuntos como a desvalorização da mulher como ser humano cuja função vai além de procriar, preconceitos e quebra de paradigmas impostos pela sociedade, religião ou até mesmo, por tradições familiares.

Jenny Lee auscultando o barriga de uma mãe.

A enfermeira Jenny Lee inicia o seriado tímida e com medo de suas decisões e aos poucos é possível acompanhar seu crescimento como pessoa e profissional. Em meio a isso, podemos acompanhar os dramas de cada personagens, seus temores, conquistas e dessabores, num visão muito realista da vida naquele tempo. Apesar da diferença de décadas, a gente pode se identificar com diversas situações.
Ainda nos dias de hoje, as parteiras são muito valorizadas na Inglaterra, como pode ser visto nesta reportagem feita pelo sbt : "Importância das Parteiras no Reino Unido". É um trabalho admirável pois essa profissional adentra a casa de pessoas que nunca viu e começa a fazer parte de um dos momentos mais importante de suas vidas. No seriado, o fato de se exercer a atividade em uma comunidade carente e em uma década com conceitos e recursos muito aquém dos nossos, torna essa profissão um ato de coragem, amor e solidariedade.
Call the Midwife também mostra muito sobre a fé, em se tratando de suas personagens morarem em um convento e das freiras serem as principais atuantes nessa profissão em Poplar.

Irmã Julienne, Jenny e Irmã Evangelina, personagens do seriado.
Eu amo seriados britânicos e gostaria muito de um dia poder visitar a Inglaterra, e até mesmo ficar por lá um bom tempo. Sou suspeita de falar, mas o Call the Midwife é um seriado que todos deveriam assistir. É campeão de audiência da tv britânica e está em sua 4ª temporada.
Como disse é baseado no best seller de mesmo nome, que pode ser adquirido em inglês somente, em livrarias como esta aqui: CALL THE MIDWIFE Book.
Apesar de todo apelo à liberdade e quebra de ideias antigas por ideias novas, o seriado também mostra a delicadeza e a importância de valores antigos que merecem ultrapassar o tempo como o amor, a fé, a amizade, a cumplicidade e a esperança por alegrias e sonhos de uma vida dourada. Por se passar na época chamada "pós-guerra", há muito contraste entre o novo e o antigo, o que deve ser extinto e o que deve fazer parte da vida. Além de toda a beleza de uma década de descobertas, fascínio pelo novo (que hoje perdemos) e recato e preservação dos bons valores (o que perdemos também).
Choro sempre que assisto, mas também rio muito com algumas situações contadas. E saber que são baseadas em uma bibliografia real, de fato torna cada episódio uma boa reflexão. E é claro, o figurino, as vaidades da Trixie e as superações das meninas e mulheres tornam assistir Call the Midwife um passatempo muito relaxante.

Trixie, personagem das minhas preferidas

Disponível no Netflix (as 3 últimas temporadas) ainda não econtrei o seriado em outro lugar, com a quarta ou que não seja legendado, caso você tenha algum problema com legendas. Recomendo!!!

byPIU


sexta-feira, 12 de junho de 2015

Um post sobre o amor

O facebook podia ser assim, todos os dias, cheinho de amor! So dá foto de casais e suas lindas declarações.. Casais novos, antigos, recém nascidos.. O amor!
Minha irmã que eu não achava ser tão romântica, postou um texto, que não é de sua autoria, mas que achei tão lindo, que decidi copiá-lo e colar aqui, no meu blog.
Creio que o amor é assim... Amizade, conquista diária, muita fé no outro e em si mesmo, muita fe no Autor do amor que pode nos ensinar a lutar a batalha do relacionamento que, como diz uma canção "o amor não e uma briga, mas e algo pelo qual vale a pena brigar".
Aos eternos apaixonados, que o amor esteja fluindo todos os dias... <3

Segue texto... :)

"Eu sou daquelas que amo o AMOR , que aposta na verdade dos sentimentos , que acha super lindo casais que se entrelaçam pela vida afora sem deixar com que o tempo se torne inimigo de seus corações . Namorar é sentir o outro por dentro , é querer dar abrigo em tempos difíceis , é cuidar mesmo que de longe, é sentir falta mesmo que a presença seja constante , é um transbordar de afetos , é nunca deixar partir o que há de bonito dentro da gente que nos faz alcançar o outro. Amar é viver a nossa vida tendo um compromisso com outra vida , é se responsabilizar por um sorriso que embora não seja de um todo sempre é essencial para que os nossos dias existam de maneira linda e surpreendente. Não existe aquele relacionamento que não passe por momentos difíceis , que seja perfeito , que não tenham certas dificuldades . Não há casais que não se decepcionam um com o outro , ou que por um deslize do tempo ou por certas situações não se perdem , não existe aquele amor que não se abala vez em quando pelas circunstâncias da vida , mas sempre existe o recomeçar de Deus nos corações que o abrigam verdadeiramente e se dispõe a cuidar do outro mesmo que tudo pareça impossível . Aos que não namoram só tenho a dizer que confiar em Deus faz parte de quem carrega dentro de si uma esperança nova e uma fé bonita , que calendário não define vida nem coração , que a perfeição acontece pelas nossas esperas e que mais vale o tempo certo para todas as coisas do que sofrer por aquilo que não era pra ser . Aos enamorados , ame não só em palavras bonitas ou gestos delicados , mas pela verdade dos sentimentos , valorize quem caminha contigo , não se engane pelas aventuras que a vida oferece , não perca a quem um dia te achou pelo coração e decidiu te cuidar .E a todos , façam do amor o seu bem querer e tenha sempre um relacionamento sério com você ..
Se amem e se permitem florescer ..."

Cecilia Sfalsin "textos e poesias"

From: https://m.facebook.com/ceciliasfalsinFases/posts/866699936716465

Feliz Dia dos Namorados...

sábado, 6 de junho de 2015

Renúncias e prioridades...

Sempre achei essas duas palavrinhas muito importantes e sempre procurei as observar. Mas observar só não basta.. temos que aplicar,
Em muitas áreas da minha vida a venho aplicando, mas quando a vida me pedia um pouco mais, preferia me distrair, curtir meus hobbies, fugir pra algum lugar mais divertido e tranquilo. Afinal, já achava ter renunciado demais, estando longe da família, amigos da adolescência, da cidade natal.
Mas sim, a vida sempre pede mais. Creio que Deus tem planos para cada um e que para cumprimento detes, ele permite esses clamores da vida por mais fé, mais ousadia, mais renúncia!
E é o que tenho aprendido.. que quando se deseja mais, mais há de se renunciar.
Outro ponto quando se deseja conquistar desafios são as prioridades. Sempre que alguém vinha me perguntar ou pedir opinião sobre decisões que envolviam multiplas escolhas, eu respondia "tem que ver qual é a prioridade!". Simples assim, neh? Mas quando eu mesma fui confrontada pela pergunta, tive que ouvir de outra pessoa "tem que ver qual é a tua prioridade".

http://3.bp.blogspot.com/


E sim, prioridade tem muito a ver com renuncia. Pois para poder saber se vale renunciar, é preciso priorizar e saber o que lhe trará mais ganhos, e normalmente a renuncia requer decidir por atos que não visam resultados rápidos então o melhor é sempre priorizar o menos volátil.
Enfim. É mais uma etapa que estou a atravessar. Mais uma lição a aprender.. renuncias financeiras, renuncias de lazer, renuncias alimentares (:D)... renúncias de beleza.. tudo por um alvo maior!

Termino com uma frase linda do C.S. Lewis

"Tudo o que não é eterno é eternamente inútil".

Ou seja, tudo o que é momentâneo, não vale priorizar. Não vale à pena a renúncia.

byPIU