Eu sou Aquela que Escreve: A gente prefere se distrair... Uma alienação consciente.

Estava pensando.
De quê adiantam as minhas hashtags? De que adianta mensagens, correntes e campanhas. Ficamos pasmos frente ao telejornal, frente às notícias, mas logo logo esquecemos, ou nos acostumamos.
Somos engolidos pelo entretenimento. Adormecidos pela indiferença.
Smarthphones, seriados, novelas, filmes, piadinhas, grupos de redes sociais, marketing e o desejo de ter e crescer nos consomem e aí a gente esquece rapidinho do terror, dos problemas, dos males do mundo.

Afinal, é mesmo muito difícil encarar a realidade. Todos nós gostamos de fugir dessa pressão, dessa sensação horrível que o mundo esta cada vez pior.
A gente prefere se distrair com qualquer coisa que nos leve pra longe, pra alienação. Alienação tão desejada por quem já corre a vida toda pra conquistar coisas que de uma hora pra outra pode desmoronar.
Crise financeira em quase todo o mundo. Desastres ambientais. Mudanças climáticas e calamidades naturais. Fome, doenças incontroláveis, falta de água, falta de honestidade, falta de amor.

Eu e você não queremos ver, não queremos falar sobre isso. É melhor falar de futebol, a ultima moda de vestuário, o ultimo filme que saiu no cinema, a piada contada no whatsapp. Tudo pra não encarar a realidade.
Quem sabe, se mudar para Paris ajude. Ops, Paris não está mais tão iluminada agora. Cade sua luz? Me diga então, pra que lugar deste mundo fugiremos? Onde neste mundo existe paz real? África? Continente esquecido, tão rico, cheio de beleza, de onde nasceu toda a vida, agora é terra de orfãos de uma guerra civil que nunca acaba, de uma pobreza que ninguém enxerga, de uma religiosidade cega e terrorista.
Brasil? Pais tropical, abençoado por Deus. Ops, corrupção, que mata, descaso que fere a terra que manipula os menos favorecidos e cala os que decidem pensar e refutar.
Desemprego aumentando. Grandes empresas afundando e entrando em estado de rendição. Militantes de causas egoístas surgindo e causas humanitárias sendo jogadas de lado.
Onde será então o melhor lugar? Japão, terremoto. EUA, tornados, estudantes doentes que entram em escolas e matam dezenas.
Israel? Irã? Foram deixadas desoladas... Grécia? Quebrada. China? Super lotada, matadores de crianças sentenciadas à morte antes de nascer.
Tenho por mim que este mundo está caminhando para um momento decisivo. De mudança. De grande desolação. É perceptível a todos que as coisas estão se estreitando, seja qual for a fé professada, há no ar um clima de expectativa, de desânimo, desmotivação e desorientação.
Nem as estações do ano estão mais com vontade de se fazer ser o que são. Tudo chora, a natureza geme, o mundo aqui se degrada pouco a pouco.
Será que não poderíamos ao menos desligar tudo por um pouco, dobrar nossos joelhos, olhar para dentro de nós e orar a Deus? Será que não podemos tirar os olhos do celular e olhar para o alto? Pois é de lá que virá o socorro, do Senhor que fez o céu e a terra.
Será que é tão difícil reconhecermos nossa pequenez e pararmos de construir coisas e amar mais o que já temos de presente? O ar, a água, o sol, todo o planeta, antes que todo ele se acabe.
E a principal criação, nós. Será tão difícil amarmos uns aos outros?
Em plena crise hídrica, matamos um rio. Em plena crise social e moral abortamos a esperança, matamos a fé.
Creio que este é um bom momento para levantarmos os olhos e humildemente mudarmos o curso da nossa vida. Pois o curso do mundo talvez não tenha mais jeito.

Sinais de um mundo caído: